The New York Times | Resoluções apressadas a fim de cumprir os objetivos movimentam o último dia de discussões

Por Luísa Mainardes, Isabella Cunha e Rafaela Moura

Delegações se mostraram incisivas e dedicadas com o propósito de finalizarem as discussões de suas agendas e, assim, produzirem resoluções ainda pela manhã

CDH

O Conselho de Direitos Humanos mostrou-se extremamente produtivo na última sessão, tentando compensar a lentidão e falta de engajamento das sessões anteriores. Apesar disso, havia países que, presentes em um comitê de direitos humanos, se mostraram mais preocupados com as suas economias do que com a escravidão. Mesmo com uma melhora na dinâmica dos discursos, os delegados perderam muito tempo debatendo sobre a criação de uma lista suja, que serviria para expor aqueles países que têm empresas pu locais de trabalho que fazem uso do trabalho escravo. Portanto, as delegações conseguiram concluir a sessão com uma boa proposta de resolução que solucionava os problemas pautados pelo comitê.

AGNU

Na última sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, as delegações deveriam estar preocupadas com redigir uma proposta de resolução, mas preferiram manter-se em discursos repetitivos que não os levariam a lugar algum. Insistiram em argumentar inúmeras vezes sobre hotspots, apenas reafirmando a incapacidade de encontrar um rumo em suas soluções. Vale lembrar que apenas focaram nos impasses relacionados aos refugiados, deixando completamente de lado os apátridas e imigrantes. Logo, os delegados não conseguiram chegar a um consenso, finalizando as sessões com uma proposta de resolução falha e incompleta.

UNSC

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Delegações votam as deliberações discutidas

A última sessão do Comitê de Segurança das Nações Unidas surpreendeu por seu tom colaborativo e objetivo. As delegações conseguiram – ao contrário do que pareceu nas sessões anteriores – chegar a uma resolução, que ainda não foi divulgada.

Discussões sobre armas de destruição em massa passam longe do consenso e é de se admirar que tenha sido gerado um documento comum a todas as nações presentes. No entanto, a conversa teria sido mais produtiva se os países favoráveis ao banimento total das armas de destruição em massa compreendessem que, enquanto um país com poder de veto for detentor de tecnologia nuclear, o desarmamento total será uma utopia. Os esforços devem ser em direção à não proliferação e à contenção do armamento existente.

As nações detentoras de programa nuclear dificilmente abrirão mão de seu privilégio. A delegação nigeriana estava certa quando disse que as armas de destruição em massa são uma questão de poder, mas errou em alegar que não são uma questão de segurança. Mostrar os dentes, muitas vezes, evita brigas. Quando se está combatendo o terrorismo, tamanho importa. Poder e segurança são faces da mesma moeda.

GH

Em busca do cumprimento dos 3 objetivos iniciais, a última sessão do Gabinete Histórico foi movimentada e surpreendente. Matar o Osama Bin Laden, instituir um governo democrático de direita no Afeganistão e derrotar o inimigo terrorista, o Talibã, não foram tarefas fáceis, ainda sim o governo americano realizou todas com sucesso e maestria dignas do poder militar estado-unidense. Novamente, vale ressaltar a excelência do trabalho humanitário realizado nas regiões atacadas, o cuidado do Centro de Controle sobre esta questão é admirável e deve ser reconhecido internacionalmente.

Dentro do período de discussão do Gabinete, a fim de solucionar os conflitos estruturais do terrorismo dentro do Afeganistão, é importante destacar a visibilidade feminina dentro deste debate. A Contra-Almirante e a Coronel, logo após promovida para Brigadeiro General, realizaram um trabalho excelente, tanto de forma estratégica, quanto argumentativa. Ambas incitaram dentro de suas discussões, assuntos pertinentes e, portanto, cabe perfeitamente que seus trabalhos sejam reconhecidos.

Além disso, é válido afirmar o sucesso da operação como um todo. O terrorismo ainda persiste no Oriente Médio e em outras regiões, mas mesmo assim é inquestionável o combate incessante no qual os Estados Unidos lideram para, assim, eliminar este mal.

The New York Times |O direito à informação é negado e a caça ao Osama Bin Laden continua

Por Luísa Mainardes, Rafaela Moura e Isabella Cunha

Jornalistas sendo retirados dos seus comitês e repúdio a estas medidas como resposta da imprensa foram cenas comuns nesse sábado

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Repúdio à censura dos comitês é ponto-chave da tarde do dia 25

UNSC

A tarde do dia 25 de agosto foi marcada por portas fechadas. O Comitê de Segurança das Nações Unidas entrou em crise e proibiu a presença da imprensa, que retaliou com dezenas de mensagens de repúdio coladas na porta do recinto.

Depois disso, banir a imprensa virou moda. Cada um dos 4 comitês – até mesmo o de Direitos Humanos, aquele que defende, dentre outros, o direito à liberdade de expressão – expulsou os jornalistas que faziam a cobertura das sessões.

De acordo com documento oficial de declaração de crise, os sistemas de defesa e controle das ogivas americanas teria sido atacado por um vírus de código-fonte chinês e uma grande arma biológica seria enviada do Brasil para a China. Na declaração, o governo norte-americano é acusado de contribuir para o desenvolvimento do armamento biológico em território brasileiro. Fontes secretas informam que a suspeita de envolvimento dos EUA no envio da bomba biológica para a China não se sustenta, já que sistema de segurança norte-americano estava hackeado, possivelmente, pelo próprio país destinatário da arma. Segundo informações extraoficiais, a China teria declarado que não será responsabilizada pelo hackeamento do sistema de defesa americano. As invasões a sistemas de defesa não param por aí. Militares ucranianos adentraram o sistema de defesa da Índia e do Paquistão e ameaçaram atacar a Rússia, caso a Crimeia não seja devolvida à Ucrânia.

AGNU/CDH

A Assembleia Geral das Nações Unidas e o Conselho de Direitos Humanos, depois de uma série de debates improdutivos, se reuniram em uma sessão para resolver uma crise. Essa reunião foi fechada, ou seja, não poderia haver a entrada da imprensa. Os comitês simplesmente calaram os jornalistas, impedindo-os de realizarem o seu trabalho: levar os acontecimentos a público.

GH

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Operações no terreno complexo do Afeganistão são estudadas

Por outro lado, a discussão em relação a operação militar no Afeganistão em combate ao terrorismo, teve sensatez nas horas de escolher o quê não tornar público. Somente em um momento, de pouca duração inclusive, em que foi votada a retirada dos jornalistas da sala de reunião. É interessante de se pensar que, um debate militar e estratégico, o qual envolve uma guerra com o Oriente Médio e mexe diretamente com vidas civis e militares, conseguiu ter mais transparência e abertura do que ambos os comitês as quais tratavam sobre direitos humanos, assuntos as quais a presença da imprensa é fundamental. A guerra pode ser atrativa, ainda sim deve ser tratada com cautela, algo de fato respeitado e priorizado entre os comandantes. A transparência dentro do Centro de Controle, ainda que controlada foi justa e devidamente trabalhada.

Nesse contexto, foi confirmada a morte em um ataque terrorista por carro-bomba do Comandante-Geral do Centro de Controle americano, Tony Franks. O crime tem relação direta com o grupo terrorista Talibã, ligado à Al-Qaeda, detalhes do assassinato ainda estão sendo investigados.

Dessa forma, as forças tarefas continuam prioritárias em encontrar e apreender Osama Bin Laden, líder do grupo terrorista Al-Qaeda e foragido por ser o mandante do massacre às torres gêmeas em 11 de setembro deste ano. Além disso, ainda que tenham ocorrido baixas civis e militares em algumas operações, membros terroristas do Talibã e da Al-Qaeda foram encontrados e eliminados. A luta contra o terrorismo e contra os inimigos do Oriente, continua

The New York Times | Inteligência, tecnologia e cautela são os pontos chaves das operações no Afeganistão, já no Conselho de Segurança resoluções efetivas continuam distantes

Por Luísa Mainardes, Rafaela Moura e Isabella Cunha

GH

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(A partir da esquerda) Secretário de Defesa, Comandante-Geral, Major General e Coronel do Controle de Estado discutem estratégias de invasão

“Operação militar é algo complicado, não estamos em um terreno fácil. Planejamento é fundamental”, afirma o Comandante-Geral da operação, Diego Bozza. Após meses de discussão no Centro de Comando dos EUA, na Flórida, a operação que lidera a invasão ao Afeganistão, pressionada pela opinião pública, toma medidas cuidadosas pautadas na segurança das vidas civis e dos militares americanos.

Nesta operação, a inovação tecnológica é uma das grandes questões, o uso de drones pela Força Aérea americana consiste em uma estratégia militar tática nunca antes explorada na história do país. Além disso, sendo a área geográfica do Afeganistão bastante específica, tecnologias efetivas e novas formas de combate são necessárias. De acordo com o Comandante-Geral “Tecnologia é essencial, porém não é o único aspecto”, sendo assim, o contato com inteligências de outros países, formando um rede internacional contra o terrorismo, é um dos aspectos defendidos pelo Centro de Controle.

Por outro lado, é evidente o quanto a guerra pode ser custosa, tanto relacionada ao financeiro, quanto às vidas civis e militares. Dessa forma, é discutida no gabinete a possibilidade de ajuda humanitária logo após as ações militares. “A guerra é custosa, mas a vida tem um custo infinito, ela deve ser valorizada”, conclui o Comandante-Geral, Diego Bozza.

UNSC

Com discussões  improdutivas e sem vislumbre de resolução, a primeira sessão do Comitê de Segurança das Nações Unidas representou bem a complexa questão dos armamentos de destruição em massa.

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Delegada dos Estados Unidos enfatiza a importância de votar uma agenda

Alegando serem estas armas essenciais à segurança do país, especialmente diante das ameaças terroristas, os Estados Unidos defendem a manutenção do programa nuclear. A delegação americana espera que as próximas sessões sejam conduzidas com foco no combate ao terrorismo, e afirma: “A questão é limitar o acesso às armas de destruição em massa e não as eliminar. Esse tipo de resolução seria vetada pelos EUA.”

Os países que não detêm a tecnologia nuclear se mantêm favoráveis ao total desarmamento. A delegação da Nigéria acusa os países detentores de tecnologia nuclear de não estarem cumprindo com suas obrigações de não proliferação de armas nucleares e alega que a posse de armamentos de destruição em massa não é uma questão de segurança e sim de poder.

França e Rússia posicionaram-se favoráveis a não proliferação e à redução gradual das reservas. Para a delegação francesa, “o desarmamento total  é um ideal que não pode ser alcançado neste momento.”

AGNU

As duas primeiras sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas se mostrou extremamente improdutiva. Nem os delegados parecem preocupados com os direitos humanos e com a proteção fronteiriça, já que não têm a capacidade de forçar no que realmente importa e preferem seguir um círculo vicioso de fatos impertinentes. Ainda por cima, há várias nações que nem ao menos se pronunciaram, mostrando o quão preocupadas estão com os assuntos pautados. Vale lembrar, como muito bem ressaltado pelo senhor delegado dos Estados Unidos, o conceito de soberania. As organizações internacionais não podem, nunca, passar por cima da soberania de uma nação.

Logo, espera-se fortemente que as próximas sessões sejam mais produtivas e que os senhores delegados sejam capazes de encontrar soluções favoráveis.

CDH

A reunião do Conselho de Direitos Humanos, que deveria preocupar-se com o combate à escravidão contemporânea, levou duas sessões para conseguir produzir duas agendas e tentar debater sobre os pontos pertinentes dela. Mesmo assim, quando finalmente conseguiram começar os debates sobre os temas pautados, demonstraram uma imensa dificuldade em encontrar um rumo ao comitê e proferiram discursos extremamente incoerentes. Logo, espera-se que os delegados sejam capazes de apresentar soluções apropriadas, e que essas não sejam tão ineficientes quanto seus argumentos.

CIJ

Após anos de julgamentos mal sucedidos, Hissène Habré (ex-presidente do Chade) segue impune de seus crimes contra a humanidade. Escravidão sexual, estupro e desaparição forçada são alguns dos seus feitos que ferem os direitos humanos. Ainda sim, pouco foi feito pela parte do Senegal e por alguns juízes da Corte Internacional de Justiça que compactuam com a impunidade do ex-presidente.

The New York Times | O que esperar da II UFPRMun?

Direitos humanos e interesses de cada nação são os extremos que permeiam a 2º Edição do UFPRMUN

A segunda edição do evento reúne cerca de 140 alunos dos cursos de direito, relações internacionais e comunicação social

Por Isabella Cunha, Luísa Andrade e Rafaela Moura

Durante os dias 24, 25 e 26 de agosto, acontece o II UFPRMUN (Universidade Federal do Paraná – Model of United Nations), o evento  conta com discussões notáveis no cenário internacional, tais quais a escravidão contemporânea e a Guerra do Afeganistão.bandeira-das-nacoes-unidas-ilustracao-da-bandeira-da-onu-acenando_2227-758

Divida em 5 comitês, 4 redações jornalísticas e uma assessoria de imprensa, o UFPRMUN acontece no setor da Faculdade de Direito da UFPR, o Prédio Histórico, e recebe o The New York Times como um dos seus veículos de cobertura. O jornal espera que as discussões entre os delegados produzam conclusões e deliberações interessantes e significativas, as quais possam somar à esfera internacional e reforçar os princípios dos direitos humanos.

  1. Conselho de Direitos Humanos (CDH)

Pautado na discussão da exploração humana no século XXI e direcionado a encontrar soluções em relação às situações de escravidão em escala mundial, o delegados terão como desafios exporem as circunstâncias dos seus países e de questionarem as dos outros. Sendo um tema de importância global, o qual afeta algumas nações de forma mais grave do que outras, é interessante que se dê voz para quem enfrenta esse problema de forma sistemática e, normalmente, não possui o espaço político para se posicionar.

  1. Conselho de Segurança das Nações Unidas

O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne, no próximo final de semana, para debater práticas de não-proliferação de armas de destruição em massa. Os esforços de controle da tecnologia armamentícia, das reservas nucleares e dos armamentos biológicos e químicos visam prevenir a destruição de grandes porções de território habitado e salvaguardar a segurança de civis em todo o mundo, já que as consequências do uso armamentos nucleares e biológicos não respeitam fronteiras. O Conselho é fundamental no tratamento de conflitos entre os interesses particulares de cada nação e o interesse global da humanidade pela segurança.

  1. Corte Internacional de Justiça

Após ignorar os direitos humanos, torturar e matar aqueles contra seu regime, o ex-presidente do Chade, Hissène Habré se estabeleceu no Senegal, recebendo asilo político do país. Anos depois, foi pedida sua repatriação para que respondesse por seus crimes. Acreditando na possibilidade de um julgamento imparcial do país, tal pedido foi negado pelo Senegal. A Bélgica também entrou com pedidos de extradição, os quais não foram aceitos. Assim, em busca do cumprimento de seus direitos políticos, a nação decidiu levar o impasse à Corte Internacional de Justiça. Logo, caberá aos juízes decidirem se o Senegal deve ser obrigado a investigar ou extraditar Habré. Vale ressaltar a importância nas decisões que serão tomadas de combater a impunidade e garantir a proteção dos direitos humanos.

  1. Assembleia Geral

O aumento das imigrações, da quantidade de refugiados, dos apátridas indicam, claramente, a necessidade de uma interferência internacional. No entanto, como é possível intervir sem ultrapassar a soberania do país? Até onde as determinações de um país podem ser levadas em consideração? Além disso, vale lembrar a importância da proteção fronteiriça, pois fiscalizar grandes áreas constantemente traz um enorme desgaste na estabilidade do país. Resolver esses impasses e levando em conta a importância de garantir o cumprimento dos direitos humanos é extremamente difícil, algo que caberá aos delegados desse comitê: encontrar uma solução que contribua para o progresso da cooperação global.

  1. Gabinete Histórico

Os ataques sofridos pelos norte americanos no dia 11 de setembro de 2001, assumidos pela organização fundamentalista Al Qaeda, desencadearam uma onda de medo em todo o mundo. As bases de atuação do grupo foram recentemente identificadas no Afeganistão e o Gabinete entende que a reestruturação política do país é necessária para que organizações violentas fundamentalistas não possam se estabelecer. Nesse sentido, o Gabinete discutirá alianças e medidas estratégicas que levem à captura do líder Osama Bin-Laden, à destruição da Al Qaeda e do movimento islâmico nacionalista Taliban, e à constituição de um novo Estado de direito Afegão.

Visto cada comitê, resta aguardar o desenvolvimento dos debates e das possíveis oposição de ideias entre os delegados, para assim, ser possível a produção de resoluções pertinentes e relevantes.

O The New York Times deseja a todos uma ótima simulação!