Por Giovanna Tafarello
Já exploramos, pesquisamos e perguntamos sobre a galera das outras áreas, mas e a nossa linda e amada Agência de Comunicação? Bom, explicando primeiro como funciona, nós estamos divididos em 5 grupos, sendo 4 jornais e 1 assessoria de imprensa. Os jornais são o El País, The New York Times, The Guardian e Pravda (atente com as mensagens subliminares neste último), com cada um deles seguindo a linha de pensamento dos originais e tendo em sua equipe um total de três pessoas. Já a Assessoria de Imprensa (a melhor parte!) também conta com três queridos, mas é mais focada em cobrir o evento no geral, seja com foto ou textos.
Entrevistamos três jornalistas: Luísa Andrade, Rafaela Rasera e Rebeca Bembem. Como não queremos que você morra lendo esta matéria vamos dar aqui uma resumidinha do que descobrimos através dessas mulheres!
Todas estudam Jornalismo na UFPR, ou seja, já estavam mais inteiradas na área e isso acabou influenciando na escolha do comitê. A maneira por meio da qual elas estavam fazendo as matérias também é bem similar, a boa e velha tática de ressaltar os pontos importantes e depois estender eles nas matérias, seja de maneira extremamente factual ou até mesmo bem distante. No meio de tudo isso, anotam as perguntas possíveis para a coletiva e tentam manter o seu jornal o mais fiel possível ao original.
Claro que nem todos os jornalistas se encaixam nisso, e seria inocência pensar que poderia definir quinze pessoas através de três, mas com certeza temos características em geral aqui que se encaixam um pouquinho em cada. Vale a pena investir um tempinho em cada um e eu juro que você que está lendo não vai se arrepender. Chega na gente pra papear que podemos todos virar coleguinhas de simulação!
Além de todo esse povo, temos mais duas mulheres incríveis que são nossas diretoras, Daiane Lohse e Iara Bazilio. Elas são as responsáveis por coordenar e manter funcionando toda a AC. Também batemos um papo com elas e você pode conferir a entrevista na íntegra:
Entrevista com Daiane Alícia Lohse e Iara Schuinka Bazilio, diretoras da Agência de Comunicação
Como surgiu a ideia de ser diretora?
DL: Então, aconteceu que o PDU procurou a gente, o Centro Acadêmico de Comunicação Social, para fazer uma parceria. Poderíamos construir a Agência de Comunicação, algo que não havia na simulação passada, então eu entrei como diretora para fazer essa ponte e divulgar para o pessoal de Comunicação participar. Mas como pessoa, o que me motivou a participar disso é que eu gosto dessa parte em que a gente pode fazer a diferença na sociedade. Até por isso entrei na presidência do Centro Acadêmico, eu gosto muito desse âmbito político.
IB: Eu simulo desde o Ensino Médio e na minha primeira simulação, caí meio de paraquedas. Foi em Belo Horizonte e, apesar de eu estudar em Curitiba, o Colégio Militar que eu estudava levou eu e mais dois alunos. Lá a gente podia escolher entre fazer parte de uma dupla no Conselho de Segurança ou fazer pare da Agência de Comunicação, e como eu não tinha afinidade com os dois meninos que estavam comigo, acabei indo pra AC. Acabei me apaixonando, foi muito divertido e eu aprendi coisas que eu acho que não aprenderia dentro de um só comitê.
Tinha participado de simulação antes?
DL: Não, é novidade pra mim, estou aprendendo na marra com a diretoria.
IB: Sim, em mais ou menos 5 ou 6, durante o ensino médio no Colégio Militar. É legal porque que você vê a diferença, principalmente nas Agências de Comunicação.
E o desafio de ser diretora? Você repensou porque talvez seria muito trabalhoso?
IB: Eu gosto muito de incentivar as pessoas a terem mais ideias, a terem mais criatividade dentro da AC, se não fica aquela mesma coisa em toda simulação. Eu acho que, fora os jornalistas, que têm muita importância, a diretoria tem uma importância tão grande quanto. Isso não acontece tanto nos outros comitês, porque na Agência de Comunicação a diretoria é quem incentiva e ela está em constante contato com os jornalistas.
Se fosse participar como delegada, qual comitê você iria?
DL: Eu gostei do Gabinete Histórico e das crises! Eu dei uma passada lá porque estava tendo crise e eu também achei muito legal a dinâmica deles.
IB: Eu acho que o Conselho de Segurança. É muito interessante por ser em dupla, a questão do dinamismo que isso dá é muito importante.
E na parte de imprensa, qual jornal iria? E qual não iria?
DL: Eu escolheria o The Guardian ou o The New York Times, porque são os jornais que eu leio e que eu gosto mais. E eu acho que não me identifico muito com o Pravda.
IB: Gosto muito do papel da Assessoria de Imprensa, é a parte que entra mais em contato com os delegados e tem mais contato com a simulação. Acredito ser muito importante quebrar essa barreira com o formalismo e a Assessoria faz bem esse papel. Eu acredito que teria problemas indo pro The New York Times, porque apesar de ler matérias e reportagens desse jornal, tenho consciência de que é uma visão muito nortista, muito americanizada e focada na Europa.
Você teria vontade de ser delegada?
DL: Eu tenho muita vontade sim de ser delegada e de participar outra vez da Agência de Comunicação.
O que você acha que um jornalista/assessor deveria fazer para ser considerado bom?
DL: É estar no meio do que está acontecendo, estar registrando tudo e estar atento para realmente pegar os furos. Também tem de ter uma carga de preparo pra isso, para questionar também. O propósito do jornalismo é mostrar para as pessoas a verdade, e as vezes, elas nem sabem o que essas instâncias maiores estão discutindo ou se elas estão falando coisas nada a ver. É trabalho do jornalismo ir lá e fazer pressão. Então eu acho que é esse nosso dever aqui, fazer pressão para que eles façam um bom trabalho e deixar as coisas transparentes para o pessoal, tanto a população, tanto quanto pra qualquer pessoa aqui dentro. Por isso eu acredito que a Agência de Comunicação é um dos comitês mais importantes aqui dentro, ela é o que faz o coração da simulação bater, ela é o sangue. Isso porque estamos circulando por todos os comitês, levando informação de um lado pro outro, conversando com todo mundo e, às vezes, a gente pode soltar uma informação que pode mudar completamente o rumo da conversa aqui, então o trabalho de comunicação é muito importante.
IB: Eu não tenho a formação profissional que alguns aqui têm ou estão tendo, então na experiencia do que eu conheço, é ousar, ser criativo. Como eu disse, algumas coisas você vai ver em qualquer lugar, outras vão ser muito marcantes e especiais de uma só simulação ou de uma só pessoa.
Você está ansiosa pela coletiva de imprensa?
DL: Estou muito ansiosa! Já estou vendo que a comunicação está fazendo umas matérias bem legais, que a gente vai impressionar as pessoas e, na hora de fazer perguntas, eu não sei se o pessoal estará preparado para o que está vindo. Eu estou sentindo que nossos jornalistas estão muito preparados. Como a dissemos no nosso stories do Instagram, vai pegar fire.
IB: Eu estou ansiosa porque ela pode gerar resultados catastróficos ou muito bons. Eu já fui em coletivas de imprensa em que todo mundo respondeu bonitinho, em que geralmente os delegados falavam frases de efeito e acabou tudo certo. Mas também já fui em coletiva em que o delegado desafiou uma jornalista a uma batalha de rap. Então tudo pode acontecer, e eu acho essa parte muito legal. Também acho que a galera vai tratar esse coletiva de maneira mais séria.
E o bar das nações, está animada também?
DL: Estou ansiosa, porque eu como diretora fico vendo mais as coisas acontecendo de fora, então eu acho que vai ser legal ver a negociação da galera debaixo dos panos e a integração também. Somos do curso de Comunicação e estamos no meio do pessoal de Direito e Relações Internacionais, então tem muita gente que a gente pode conhecer.
IB: Eu não vou, mas espero que os delegados se divirtam e unam as nações em todos os sentidos.
Você tem algum conselho para o pessoal, em geral, que está aqui simulando?
DL: O conselho que eu dou é pra aproveitar ao máximo! Tudo bem que é só um teatro e de vez em quando as discussões não são tão profundas, porque estamos no meio acadêmico, mas é legal porque não teríamos contato com isso no dia a dia. A gente pode pesquisar e tudo mais, mas ver isso na pratica é muito diferente. Eu já ouvi isso de alguns jornalistas da simulação que querem continuar nessa área pelo resto da vida e é legal ouvir isso porque talvez se elas tivessem do lado fora não seria essa mesma coisa de estar vendo o funcionamento disso tudo. Então é isso, vamos aproveitar esta oportunidade! Eu acho que todo mundo deveria participar de uma simulação dessas, é algo que a sociedade toda deveria saber e acaba ficando muito restrito.
IB: Acho que as pessoas têm que ser proativas. A gente tem muito uma ideia, que é reforçada no nosso ensino, de que as coisas vão ser passadas pra gente de forma passiva. A simulação te estimula a ir atrás, você tem algumas direções, mas o resto é você quem faz.
Um beijo e até a próxima simulação com a nossa querida AC!
Lembrete: seu/sua crush está na AC e você chegar de maneira suave? Temos o nome e os gostos de todos aqui no nosso site, é só ir na nossa aba “Quem somos?” e conferir! (Ps: mesmo se não tiver crush, pode só dar uma olhadinha, a gente não reclama não!)